Forças especiais da Nicarágua cercam igreja com estudantes dentro durante os protestos, em 13 de julho
Número de mortos na Nicarágua chega a 448, diz ONG
Com sacerdotes agredidos e igrejas invadidas, católicos pagam o preço por se posicionarem contra o Comunismo
Entre as vítimas, 426 são homens e 26 são mulheres.
A capital, Manágua, teve o maior número de assassinados: 189. Masaya registrou 55 e Matagalpa, 32. Fonte
“Me doeu que os senhores bispos tivessem essa atitude de golpistas”, declarou Ortega no último dia 19 de julho.
Os protestos contra Ortega e sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo, começaram no último dia 18 de abril, devido a fracassadas reformas da seguridade social e se transformaram em um movimento que pede a renúncia do governante depois de 11 anos no poder, com acusações de abusos e corrupção.
A Igreja Católica está na linha de frente de um conflito crescente entre o governo ditatorial do presidente Daniel Ortega e os movimentos populares que pedem sua renúncia. Em um país onde a igreja sempre teve participação na política, os sacerdotes acabaram se tornando peças importantes no meio da crise que assolou o país nos últimos três meses e ceifou mais de 400 vidas.
A Igreja Católica está sendo perseguida não por seguir o exemplo de Cristo de ficar fora da política partidária e por neutralidade, mas por tomar o lado do que são contra os comunistas no poder e enfurecer a “fera” nicaraguense. (Veja o link sobre neutralidade) Até a pouco tempo estava de mãos dadas com os comunistas, mas retirou seu apoio. A Igreja tem um forte poder de persuasão junto às massas, (6 milhões de pessoas) e sua posição de oposição os colocam numa guerra que pode se tornar uma guerra de dois fronts, de um lado os opositores do governo liderados por outros partidos e pela Igreja Católica e do outro os comunistas que tem um histórico de genocídio que adoram matar não apenas centenas, mas milhões!
Stéphane Courtois, diretor de pesquisas do Centre National de la Recherche Scientifique (“Centro Nacional da Pesquisa Científica”, CNRS) declara que “…os regimes comunistas tornaram o crime em massa uma forma de governo”. Ele apresenta um total de mortes que chega aos 94 milhões:
- 20 milhões na União Soviética
- 65 milhões na República Popular da China
- 1 milhão no Vietname
- 2 milhões na Coreia do Norte
- 2 milhões no Camboja
- 1 milhão nos Estados Comunistas do Leste Europeu
- 150 mil na América Latina
- 1,7 milhões na África
- 1,5 milhões no Afeganistão
O livro de Courtois defende explicitamente que os regimes comunistas são responsáveis por um número maior de mortes do que qualquer outra ideologia ou movimento político, incluindo o fascismo. (fontes #)
“Continuamos a ser pastores e um autêntico pastor da Igreja nunca se colocará ao lado dos executores”, disse o monsenhor Silvio José Báez. “Ele sempre estará com as vítimas.”
O cardeal Leopoldo Brenes afirmou neste domingo que a Igreja Católica é perseguida pelo regime de Daniel Ortega na Nicarágua, um país afetado por uma crise que deixou entre 277 e 351 mortos desde abril.
A Igreja Católica, seguida por 58,5% da população nicaraguense, sofreu profanações em pelo menos sete templos desde que, em junho, o Episcopado pediu a Ortega para antecipar para março de 2019 as eleições de 2021, para acabar com a crise.
Posteriormente, um grupo de simpatizantes de Ortega invadiu um templo e agrediu Brenes e o núncio apostólico, Stanislao Waldemar Sommertag, e feriu ao bispo Silvio Báez, assim como os sacerdotes Miguel Mántica e Edwin Román.