Quem é o Cavaleiro no Cavalo Branco de Apocalipse 6:2 OPINIÃO DE PESQUISADORES PROTESTANTES e outros

“E eu vi, e eis um cavalo branco e o que estava sentado nele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo e para completar a sua vitória.”

O Site JW.ORG falando sobre este Cavaleiro no Cavalo Branco afirma:

Quem é o cavaleiro no cavalo branco? O próprio livro de Apocalipse dá a resposta. No capítulo 19, esse cavaleiro é chamado de “A Palavra de Deus”. (Apocalipse 19:11-13) Esse título, A Palavra, é dado a Jesus Cristo, pois é ele que transmite as mensagens de Deus. (João 1:1, 14) Ele é descrito como “Fiel e Verdadeiro” e também é chamado de “Rei dos reis e Senhor dos senhores”. (Apocalipse 19:11, 16) Isso mostra que Jesus tem autoridade para ser Rei-Guerreiro. 

Irineu, um influente teólogo cristão do século II, foi um dos primeiros a interpretar este Cavaleiro como o próprio Cristo, seu cavalo branco representando a propagação bem-sucedida do evangelho. Vários estudiosos, desde então, apoiaram essa noção, [Hendriksen, W. (1939). More Than Conquerors: An Interpretation of the Book of Revelation] citando a aparição posterior, em Apocalipse 19, de Cristo montado em um cavalo branco, aparecendo como a Palavra de Deus. Em Apocalipse 19:11, lemos que Cristo volta em “um cavalo branco, e o que estava montado nele chama-se Fiel e Verdadeiro, e com justiça julga e peleja”. A “conquista” deste cavaleiro é, sob este ponto de vista, a propagação do evangelho sobre a Terra (Mt. 24:14). Chilton pastor e pesquisador americano apela para passagens semelhantes em Apocalipse 19:11-16 e o Salmo 45:3-5 para apoiar esta visão, que mostra o Filho de Deus como um cavaleiro vitorioso. (David Chilton, The Days of Vengeance (Ft. Worth: Dominion, 1987), 186.

As observações de Chilton realmente concordam com as de Zane Hodges, erudito e pastor americano, que apela para as mesmas passagens para identificar o cavaleiro como sendo Cristo. ( Zane C. Hodges, “The First Horseman of the Apocalypse,” Bibliotheca Sacra 119 (1962): 324-34.)

 

O Comentário Bíblico de Jamieson-Fausset-Brown, produzido por Jamieson, um Presbiteriano da Igreja da Escócia, Fausset , Clérigo Anglicano Protestante e Brown também Presbiteriano da Igreja da Escócia, faz o seguinte comentário sobre Apocalipse 6:2: 

2. Evidentemente Cristo, seja em pessoa, ou por Seu anjo, preparatório para Sua vinda novamente, como aparece em Ap 19:11, 12.

O Comentário de Benson, um ministro Metodista inglês, afirma sobre apocalipse 6:2:

E eu vi, e eis um cavalo branco – O conteúdo deste selo parece evidentemente se referir ao triunfo do cristianismo sobre a oposição judaica e pagã, pelos trabalhos de seus primeiros pregadores. Portanto, a pessoa aqui representada é Jesus Cristo, que recebeu um reino do Pai, que deveria governar todas as nações, e sobre o qual foi predito, que apesar dos esforços que seriam feitos pela terra e pelo inferno para se opor ao seu progresso, e mesmo para destruí-lo, ele deve ser preservado e prevalecer, para que por fim todos os inimigos sejam subjugados, e os reinos deste mundo se tornem o reino de nosso Deus e de seu Cristo. A cor branca do cavalo, o arco que ele tinha sentado nele, atirando flechas de longe, a coroa dada a ele, e sua saída conquistando e conquistando…” (O destaque em negrito é meu.)

No Comentário Biblical Ilustrator do Doutor em Divindade D. Thomas,  lemos:

(3) Realeza. “Lhe foi dada uma coroa.” O direito é real, a única coisa real no universo, e quanto mais perfeitamente encarnado, mais brilhante é o diadema. Portanto, Cristo é coroado com glória e honra, “exaltado acima de todos os principados e potestades”, etc. (destaque é meu) 

O Comentário do Teólogo e Erudito Metodista Clark sobre Apoc 6:2 diz acerca do cavaleiro:

“Supostamente para representar Jesus Cristo.”

O Comentário da Bíblia do Expositor embora não aceite o entendimento de que o Cavaleiro represente o próprio Cristo, reconhece porém sobre Apocalipse 6:2:

“Poucas figuras do Apocalipse causaram mais problemas aos intérpretes do que as contidas nessas palavras. Por um lado, os detalhes parecem inequivocamente apontar para o próprio Senhor.” 

O Comentário Católico da Bíblia de Haydock afirma:

“Um cavalo branco, como os conquistadores costumavam montar em um triunfo solene. Isso é comumente entendido de nosso Salvador, Cristo, que, por si mesmo e seus apóstolos, pregadores, mártires e outros santos, triunfou sobre todos os adversários de sua Igreja. Ele tinha um arco em sua mão, a doutrina de seu evangelho, perfurando como uma flecha o coração dos ouvintes; e a coroa que lhe foi dada era um sinal da vitória daquele que saiu vencendo, para que pudesse vencer. (Witham) — Aquele que está sentado no cavalo branco é Cristo, saindo para subjugar o mundo por seu evangelho. Os outros cavalos que se seguem representam os julgamentos e castigos que cairiam sobre os inimigos de Cristo e sua Igreja: o cavalo vermelho significa guerra; a fome do cavalo preto; e o cavalo pálido (que tem a morte como seu cavaleiro) pragas ou pestilências. (Challoner) — Cavalo branco; a saber Jesus Cristo, que veio para submeter todas as nações à fé. O arco significa o evangelho, e a palavra de Deus, aqueles braços poderosos, de que São Paulo fala tantas vezes, como sendo tão necessários para todos os que estão empenhados em trazer almas à fé de Cristo. A coroa marca o poder soberano de Jesus Cristo e a garantia da conquista. (Cornelius; Bossuet; Du Pin).” (O destaque em negrito é meu.) 

Henry’s Complete Commentary on the Bible

“(1.) O Senhor Jesus aparece montado em um cavalo branco. Cavalos brancos são geralmente recusados ​​na guerra, porque fazem do cavaleiro um alvo para o inimigo; mas nosso Senhor Redentor estava certo da vitória e de um triunfo glorioso, e ele cavalga o cavalo branco de um evangelho puro, mas desprezado, com grande rapidez pelo mundo. (2.) Ele tinha um arco na mão. As convicções impressas pela palavra de Deus são flechas afiadas, atingem a distância; e, embora os ministros da palavra arrisquem o arco em uma aventura, Deus pode e irá direcioná-lo para as juntas do arreio. Este arco, na mão de Cristo, permanece com força e, como o de Jônatas, nunca volta vazio. (3) Uma coroa foi dada a ele, importando que todos os que recebem o evangelho devem receber a Cristo como um rei e devem ser seus súditos leais e obedientes; ele será glorificado no sucesso do evangelho. Quando Cristo estava indo para a guerra, alguém pensaria que um capacete era mais apropriado do que uma coroa; mas uma coroa lhe é dada como penhor e emblema da vitória. (4.) Ele saiu conquistando, e para conquistar. Enquanto a igreja continuar militante, Cristo será vencedor;”

O Pulpit Commentary falando sobre esta passagem muito embora afirme que esta é “uma representação simbólica da ideia abstrata da Igreja como corpo vitorioso” diz que “Somente [a respeito] de Cristo e seu reino pode-se dizer que é para conquistar.” 

O livro Climax de Revelação afirma:

“Quem é o Cavaleiro neste cavalo? Ele tem um arco, uma arma ofensiva de guerra, mas recebe também uma coroa. Os únicos justos vistos usando uma coroa no dia do Senhor são Jesus e os da classe representada pelos 24 anciãos. (Daniel 7:13, 14, 27; Lucas 1:31-33; Revelação 4:4, 10; 14:14) É improvável que um membro do grupo dos 24 anciãos seja retratado como recebendo uma coroa por mérito próprio. Portanto, este cavaleiro isolado só pode ser Jesus Cristo. João o vê no céu no momento histórico, em 1914, quando Jeová declara: “Eu é que empossei o meu rei”, e o informa de que o objetivo é “que eu te dê nações por tua herança”. (Salmo 2:6-8) Assim, abrindo o primeiro selo, Jesus revela como ele mesmo, qual Rei recém-coroado, sai com ímpeto para guerrear no tempo designado por Deus.
5 Esta cena harmoniza-se belamente com o Salmo 45:4-7, dirigido ao Rei entronizado por Jeová: “E no teu esplendor prossegue ao bom êxito; cavalga na causa da verdade, e da humildade, e da justiça, e a tua direita te instruirá em coisas atemorizantes. Tuas flechas são agudas — debaixo de ti caem povos — no coração dos inimigos do rei. Deus é o teu trono por tempo indefinido, para todo o sempre; o cetro do teu reinado é um cetro de retidão. Amaste a justiça e odiaste a iniquidade. É por isso que Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de exultação mais do que a teus associados.” Estando familiarizado com esta descrição profética, João pode avaliar que ela se aplica à atividade de Jesus como Rei. — Veja Hebreus 1:1, 2, 8, 9.”