É comum vermos na internet opositores acusando as TJs de perjúrio contra o país, ou até mesmo dizendo que somos hipócritas, aceitando algo num país e proibindo no outro.
Mas fui pesquisar o link da resolução no próprio site da Comissão Européia com a ajuda do Google Tradutor. Foi feito um acordo entre os irmãos e a Bulgária.
O acordo a respeito do sangue diz que ‘as Testemunhas de Jeová são livres pra escolher qualquer tratamento médico, usando seu direito de livre arbítrio, sem nenhum tipo de controle ou sanção a ser imposta por parte da Associação.’
Aí os apóstatas se alvoraçam e dizem: “Tá vendo, lá na Bulgária é livre escolher transfusão de sangue sem nenhuma punição. Que contradição dessa seita”.
Agora eu pergunto: O mesmo não se dá no Brasil ou qualquer outro país? Por acaso uma TJ é proibida de tomar transfusão de sangue aqui?
“Proibida não”, dirão os apóstatas, “mas terá punição”. MENTIRA!!!!!!!
A Revista A Sentinela 15/02/97, páginas 19-20 tem uma resposta interessante sobre isso. Veja o que ela diz:
“Outra questão que preocupava vários médicos era a pressão do grupo. Queriam saber o que aconteceria se uma Testemunha de Jeová vacilasse e aceitasse a transfusão de sangue. Seria rejeitada pela comunidade das Testemunhas de Jeová? Isso iria DEPENDER da situação, porque a desobediência à lei de Deus com certeza é um assunto sério, a ser examinado pelos anciãos da congregação. As Testemunhas de Jeová querem ajudar a qualquer pessoa que tenha passado pela traumática experiência de uma cirurgia com alto risco de vida e que aceitou transfusão de sangue. Não há dúvida de que a Testemunha de Jeová nessa situação se sentiria muito mal e estaria preocupada com sua relação com Deus. Essa pessoa talvez necessite de ajuda e compreensão. Uma vez que o alicerce do cristianismo é o amor, os anciãos desejam, como em todos os casos judicativos, temperar firmeza com misericórdia.”
Agora veja a resposta oficial que o Betel de Portugal deu a respeito desse assunto pra todas as congregações de lá:
“Queridos irmãos:
Recentemente, os nossos adversários lançaram falsas acusações na Internet e alguns meios de comunicação, alegando que um acordo entre o Governo búlgaro e as Testemunhas de Jeová têm mudado a nossa postura de transfusões de sangue. Dada a gravidade destas acusações vimos que é necessário informa-los sobre o conteúdo do presente acordo para que possamos responder de forma apropriada (Pro. 15:28).
Em 9 de março de 1998, a Comissão Europeia dos Direitos Humanos aprovou um acordo amigável entre a Associação Nacional das Testemunhas de Jeová na Bulgária e na República da Bulgária. Os termos do acordo prevêem que o Governo búlgaro reconhece as Testemunhas de Jeová como uma confissão religiosa e cria um serviço civil alternativo ao militar para as Testemunhas de Jeová que assim o desejarem. Em contrapartida, as Testemunhas de Jeová retiram o requerimento que foi apresentado perante a Comissão em 21 de setembro de 1995, por violação do direito à liberdade de religião e a discriminação por motivos religiosos, fatos ocorridos nesses tempos na Bulgária.
Também foi discutido no acordo a nossa posição sobre o sangue, com o objetivo de esclarecer alguns equívocos das autoridades búlgaras. Nessa parte do acordo mostra que as Testemunhas de Jeová, livremente e pessoalmente, podem decidir se aceitam ou rejeitam uma transfusão de sangue, e se alguma aceitar uma transfusão de sangue, não haveria sanção ou expulsão por isso.
Nossos detratores argumentam que esta é uma mudança em nossa posição, o que não é verdade. Todas testemunhas decidem por si só sobre as transfusões de sangue com base na sua consciência treinada pela Bíblia. Não é uma decisão coletiva, mas individual. Se uma Testemunha aceitar uma transfusão, ISSO NÃO SIGNIFICA QUE ELA É AUTOMATICAMENTE EXPULSA. Talvez o irmão cedeu à família e pressão médica, a angústia do medo da morte, ou fraqueza física e emocional. Ele precisa de ajuda e reforço não expulsão (veja A Sentinela 2/15/97, p. 20). Diferente seria se defendêssemos as transfusões de sangue, abandonando a posição bíblica sobre a santidade do sangue.
Se você tiver alguma dúvida, por favor procure os anciãos para qualquer esclarecimento sobre os termos do acordo, e as conclusões a respeito do mesmo.
Receba, queridos irmãos, o nosso amor cristão e desejamos que Jeová os continue abençoando-os”.
Essa é a carta. A Associação foi hipócrita no acordo? Claro que não. O acordo disse que nenhuma TJ seria expulsa por aceitar transfusão. E é isso que acontece. Qualquer pecado cometido que seja por parte de um TJ, não implica em expulsão imediata. A pessoa só é expulsa se não se arrepender e fizer da prática do pecado uma forma de vida.
O acordo ainda diz que uma TJ é livre pra aceitar ou NÃO uma transfusão. A maioria das TJs, por obediência À BÍBLIA, não a Associação, nunca aceitaria. E se uma aceitasse, como mencionou a carta, talvez precise de ajuda. Portanto, a norma bíblica não foi alterada, muito menos houve perjúrio ou hipocrisia por partes dos irmãos do Corpo Governante.