A prefeitura de Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, proibiu que as escolas entreguem livros sobre as questões de gênero aos alunos do ensino fundamental. A proibição foi feita nesta segunda-feira (23), após uma reunião entre o prefeito Thiago Flores e 12 vereadores.
No início do mês de janeiro, oito dos treze vereadores protocolaram um ofício para solicitar a suspensão e o recolhimento dos livros didáticos disponibilizados pelo Ministério da Educação (MEC) que serão distribuídos neste ano.
De acordo com um dos vereadores responsáveis pelo ofício, Amalec da Costa (PSDB), existe uma lei municipal em vigência a qual não permite a exposição de conteúdos com ideologia de gêneros aos alunos do ensino fundamental.
“Todos estes livros enviados pelo MEC vêm com conteúdo de formação de família por homossexuais, orientação sexual, uso de preservativo. Entretanto acreditamos que estes assuntos devem ser abordados pelos pais e não nas salas de aulas, principalmente, por lidar com crianças”, analisa.
Para o vereador, o estado não tem competência para interferir na autoridade dos pais sobre tais assuntos.
“Acredito que cerca de 90% da população do município seja defensora da família tradicional, sendo assim, o pai e a mãe que devem levar essa primeira informação aos seus filhos. Quem vai escolher sobre a sua opção sexual, que tenha discernimento com a idade apropriada e iremos respeitar a escolha, mas a criança não pode ser forçada a ter conhecimento sobre esses caminhos que poderão influenciar futuramente”, finaliza.
Proibição de conteúdo foi tomada após reunião entre prefeito e vereadores (Foto: Jeferson Carlos/ G1)
Segundo ideologia de viés comunista, o estado pode e deve interferir na família. Enquanto a moral judaico-cristã compreende a importância da família e luta para que ela se mantenha coesa, o comunismo a despreza, a desvaloriza e desenvolveu ao longo do tempo inúmeros ataques contra ela.
Friedrich Engels, buldogue de Marx, escreveu o que seria um verdadeiro manifesto contra a família:
“A monogamia não aparece na história, portanto, como uma reconciliação entre o homem e a mulher e, menos ainda, como forma mais elevada de matrimônio. Pelo contrário, ela surge sob a forma de escravização de um sexo pelo outro, como a proclamação de um conflito entre os sexos, ignorado, até então, na pré-história. (…) Hoje posso acrescentar: o primeiro antagonismo de classes que apareceu na história coincide com o antagonismo entre o homem e a mulher na monogamia; e a primeira opressão de classes, com a opressão do sexo feminino pelo masculino” [1]
E ele continua:
“A família individual moderna baseia-se na escravidão doméstica, franca ou dissimulada, da mulher, e a sociedade moderna é uma massa de cujas moléculas são as famílias individuais”[2]
A obra de Engels ainda diz:
“Então é que se há de ver que a libertação da mulher exige, como primeira condição, a reincorporação de todo o sexo feminino à indústria social, o que, por sua vez, requer a supressão da família monogâmica como unidade econômica da sociedade”. [3]
Família poderá processar escola e professor pelo ensino da ideologia de gênero
[1] ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio de Janeiro: Best Bolso, 2014, p. 79
[2] ENGELS, Friedrich. Op. Cit. p. 89
[3] Op. cit. p. 90